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DISCURSO DO PRESIDENTE DA ACADEMIA MARANHENSE DEMEDICINA, ACAD. JOSÉ MÁRCIO SOARES LEITE, NASOLENIDADE DE OUTORGA DO TÍTULO DE ACADÊMICO HONORÁRIO DA ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA AO PROF. DR. HÉL

Saudação aos presentes...

No início desta alocução gostaria de ressaltar que não irei descrever a vida

de São Lucas, o Lucano, médico, pintor e santo, como o cognominou o Dr.

Eurico Branco Ribeiro, fundador da Sociedade Brasileira de Escritores

Médicos, depois nominada Sociedade Brasileira de Médicos Escritores

(SOBRAMES) e da Academia de Medicina de São Paulo e que durante 30

anos dedicou-se a pesquisar em muitos países a vida de São Lucas e

descrever sua biografia, esperando fazê-la em 10 volumes, ideário

interrompido no quarto volume, em razão do seu falecimento, ora

compilados no livro que hoje está sendo lançado na Universidade Federal

do Maranhão.

No livro, "Médico de Homens e de Almas", a escritora britânica Taylor

Caldewel, também dedicou 46 anos de sua vida escrevendo sobre São

Lucas, pois a primeira versão do seu livro foi escrita quando tinha apenas

12 anos. Esse livro é dividido em 3 partes: a primeira traz doses de

romantismo, a segunda doses da história e da política de Roma e a terceira

trata da conversão de Lucano.

Ambos os livros: Médico, Pintor e Santo e Médico de Homens e de Almas,

retratam com detalhes e são a prova eloquente da santa vida terrena de São

Lucas.

Hoje estamos presenciando uma noite memorável para a Academia

Maranhense de Medicina e para as Universidade Federal do Maranhão, por

tratar-se não apenas pela outorga de um título ou pelo lançamento de um

livro, mas suscitar no meio médico e acadêmico, nesta sessão especial, a

importância de nos voltarmos para o estudo e discussão do tema: Medicina,

Religiosidade e Humanismo.

No artigo, Medicina e Religiosidade, Edson Gomes Tristão et ali, nos diz...

“A doença e a dor têm caminhado juntas com o ser humano desde seu

aparecimento na Terra. Medicina e Religiosidade foram as estruturas com

as quais se pôde contar para fazer frente a tais desafios. Entendia-se que a

doença e a dor eram causadas por ação dos deuses e gênios do universo,


como forma de castigar os humanos. Assim foi com vários povos antigos,

como mesopotâmicos, egípcios, hebreus, persas, chineses e hindus”. São

Lucas, salvo melhor juízo, dos que se aprofundaram no estudo de sua vida,

representou a mudança desse paradigma para a fé cristã e para prática do

humanismo médico.


Sentimo-nos orgulhosos, portanto, como Presidente da Academia

Maranhense de Medicina de poder outorgar em nome dos meus pares o

Título de Acadêmico Honorário, ao Dr. Hélio Begliomini conferido a

médicos que prestam relevantes serviços à medicina brasileira e que

lutam em defesa do humanismo do ato médico.

A Academia Maranhense de Medicina por sua transversalidade inabalada

pelo tempo e que tem seu lastro na sua história é uma chama permanente a

guiar e clarear os caminhos a serem seguidos pela classe médica e no

exemplo que sempre trará às futuras gerações de médicos e médicas e à arte

médica.

Esta Academia tem, portanto, a responsabilidade histórica

no desenvolvimento e aprimoramento das questões éticas, técnicas e

científicas da medicina, cujos horizontes se vêm alargando em direção

a um processo de ampliação das discussões dos assuntos e dos

problemas de saúde da população, difundindo à classe e a toda à

sociedade os princípios básicos dos direitos à vida, à saúde e ao bem-

estar da população. Ela é o aconchego da sacralidade, da tradição e a

aragem dos ventos da sua modernidade. Essa é a missão da Academia

Maranhense de Medicina.

Posso assegurar-lhes, posso dar meu testemunho, de que o Acadêmico

Hélio Begliomini ora homenageado, por sua biografia e trajetória médica,

sempre esteve imbuído desse espírito humanitário e seu exemplo de

vida, constitui-se em uma grande inspiração para todos nós e para as

gerações futuras de médicos.

Sejam bem-vindos a São Luís, Capital do Maranhão, Ilustrísimo Dr. Hélio

Bigliomini e sua digníssima esposa Aida Lúcia Pullin Dal Sasso

Begliomini. Cidade reconhecida como Patrimônio Cultural Mundial pela

Unesco, em 1997 e que por se tratar de uma cidade histórica viva, pela sua

própria natureza de capital, São Luís se expandiu, preservando a malha

urbana do século XVII e seu conjunto arquitetônico original de solares,

sobrados, e casas térreas de azulejos, todos tombados pelo Patrimônio

Histórico


Muito obrigado!

 
 
 

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